O novo 'clube colaborativo'

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Num artigo dedicado ao regresso dos colaboradores aos escritórios, publicado na mais recente edição da revista Pessoas do ECO, Duarte Aires deu o seu testemunho relativamente aos espaços de trabalho mais colaborativos e híbridos:

O futuro do escritório é já hoje

"O escritório passará a ser um clube, um local onde os colaboradores têm orgulho de pertencer e onde desenvolvem as ideias mais brilhantes", acredita Duarte Aires, CEO da Vector Mais. E dá como exemplo desta "nova filosofia" o projecto que a empresa, que desenvolve projectos de desenho e construção de espaços interiores, criou para a farmacêutica Novo Nordisk, na Quinta da Fonte. "Criámos um escritório em regime de hot desking, dividido em três zonas principais: uma informal, que promove os encontros casuais e a criatividade; uma de colaboração, onde uma equipa de pode reunir para desenvolver um projecto, e uma de foco, quando alguém pretende trabalhar e não ser interrompido. Tudo isto complementado por várias áreas lounge, phone booths, plantas e uma cafeteria repleta de luz natural", descreve.

Projectos não faltaram durante a pandemia, tanto que a empresa reforçou a equipa de engenharia. "Com a pandemia, muitas empresas aproveitaram o teletrabalho para iniciarem projectos de remodelação das suas instalações, sem que houvesse disrupção dos seus serviços, visto as pessoas estarem em casa a trabalhar. Também começaram a dedicar ainda mais atenção ao escritório como uma manifestação físicia dos seus valores e identidade", diz Duarte Aires.

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"O escritório está a deixar de ser apenas um local para executar tarefas e exercer o presentismo, para se transformar num fórum para a partilha de ideias e criatividade", diz. Nem vão encolher. Serão sim, diferentes. "Sem lugares dedicados a cada trabalhador e mais áreas de colaboração", opção que "em muitos projectos, representa mais de 40% da área de ocupação total do escritório", refere.

"Esta nova configuração vai permitir às empresas contratar mais pessoas sem terem a necessidade imediata de aumentar a área do escritório, porque as equipas vão estar num modelo de rotatividade natural, juntando-se nos momentos verdadeiramente essenciais."

Texto: Ana Marcela / Pessoas / ECO